segunda-feira, 8 de novembro de 2010

E o Enem...

Há uma semana falávamos aqui da atuação de Fernando Haddad na pasta da Educação. Depois de alguns comentários, arrematamos: "e o Enem..."
As reticências eram, confesso, de dúvida mesmo. Não queriam dizer algo como "sem comentários". O Enem estava por vir. Podia ser que desse certo este ano. Mas não deu.
Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que em sã consciência ninguém pode ser contra um processo que avalie os egressos do ensino médio, que este instrumento sirva para se medir a qualidade do ensino e de quebra selecione para as faculdades, sendo uma alternativa ao vestibular. Mas é grave, muito grave, quando o Enem começa a ter lambanças anuais, todas as vezes em que for feito.
Tenho para mim que um dos gargalos é o tamanho. Um exame único, feito em um só dia, para quase cinco milhões de alunos tem muito risco. ainda mais numa gestão amadora como esta.
O SAT - Scholar Aptitude Test, dos Estados Unidos, que também serve como um dos parâmetros para seleção das Universidades, é feito mais ou menos pelo mesmo número de estudantes que fazem o Enem . A diferença é que o aluno de lá pode escolher dentre várias datas pelo ano. Poderíamos adotar estas múltiplas datas por aqui. Aliás o Enem já foi (e será  novamente este ano) feito em mais de uma data, por força da bagunça.
Isto não comprometeu o resultado, principalmente pela forma da prova, que se baseia na Teoria da Resposta ao Item, usada há muito tempo no SAT e introduzida ano passado no Enem . Por esta teoria, muito lembrada pelo ministro Haddad hoje na sua coletiva, a prova levaria em conta não uma soma simples de questões acertadas, mas um escore, baseado nos graus de dificuldade encontrado nas questões. Por exemplo, se numa prova com dez questões um aluno acertar quatro difíceis e duas fáceis, e outro acertar quatro médias e duas fáceis, o primeiro aluno terá um escore maior que o segundo, ainda que ambos tenham acertado seis questões, deu para entender?
A "resposta ao item" é uma parte boa do Enem, lembrada aqui para que não fiquemos de birra com a existência do exame. A parte ruim é o próprio Ministério. Cujo gabinete, Lula já "pediu" a Dilma que mantivesse.

Um comentário:

  1. Deve ser muito difícil organizar uma prova.
    Uma olimpíada e uma copa do mundo é beemmmm mais fácil! No caso da primeira n sei como vão fazer, ja q na mesma ha várias provas a serem organizadas.

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