quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Olha a CPMF aí geeeente!!!

Prestem atenção nesta sequência:
Primeiro veio aquela que será a primeira presidenta (como ela mesmo diz) do Brasil, e faz um monte de promessas para a saúde. Prometeu 500 UPA's (Unidades de Pronto Atendimento); a tal Rede Cegonha, o aumento da distribuição gratuita de remédios e outras maravilhas (se fossem de fato realizadas seriam mesmo).
Depois vem Lula e nos lembra que de algum lugar vai ter que sair o dinheiro, que não tem milagre.
Daí volta Dilma e disse que aceita conversar sobre governadores sobre a CPMF. Ai ai...
Segue a precisa análise de Reinaldo Azevedo, em seu blog, acerca desse negócio de colocar os governadores no rolo:

"Por quê? Dilma terá uma maioria no Parlamento como nunca antes na história destepaiz. O governismo pode impor a CPMF sozinho — como tinha votos, se quisesse, para aprovar a sua prorrogação em 2007. Ocorre que quer meter a oposição no imbróglio. No Congresso, os oposicionistas são dispensáveis. Assim, o jeito de dividir o ônus de mais um imposto é chamar os governadores porque dez deles serão da oposição — 8 tucanos e 2 democratas."

Azevedo ainda usa de ironia ao afirmar que Dilma quer criar "governadores laranjas". Se ela acha normal ser uma presidenta laranja (e nisso não seria a primeira, já tivemos outros presidentes "laranjos"), não dá para esperar que os chefes de governos estaduais também achem.

Os próximos capítulos incluirão os governadores de oposição, tomara, se opondo ao novo imposto, Lula dizendo que a falta de dinheiro para a saúde é culpa deles e assim vamos até a virada do ano.
Os próximos capítulos não incluirão discussões sobre a Emenda Constitucional 29, nem alertas para que o governo aprenda a gastar direito a dinheirama que arrecada de maneira a sobrar mais para a saúde - o que, convenhamos, é algo como alertar para a fome do mundo. Mas se não alertarmos nem para uma coisa nem para outra, a CPMF retorna e a fome no mundo nunca se acabará.

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